Livro da Seag sobre mulheres da agricultura e pesca capixaba é finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Quem são Elas? Histórias e relatos sobre mulheres que constroem a agricultura e pesca capixaba”, lançado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), é um dos finalistas da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico. O livro conta histórias de mulheres rurais e da pesca com o objetivo de destacar a importância e a relevância do trabalho desempenhado por elas no Espírito Santo.

Na última quarta-feira (10), a Câmara Brasileira do Livro (CBL), anunciou os semifinalistas da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, um dos prêmios literários mais importantes do país. O livro “Quem são elas?” está entre os dez semifinalistas da categoria Ilustração, entre eles, cinco livros serão selecionados como finalista para concorrer à uma gratificação de R$ 5 mil, além da estatueta da premiação.

A obra, lançada em novembro de 2023, foi um trabalho realizado para celebrar os quatro anos do projeto “Elas no Campo e na Pesca – Empreendedorismo, Liderança e Autonomia”, desenvolvido pela Seag em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) entre 2019 e 2022. O projeto trouxe valorização ao trabalho feminino, levando autonomia econômica e financeira para as mulheres agricultoras e pescadoras do Estado, por meio da assistência técnica, do acesso ao crédito e de políticas públicas. O projeto atinge, ao todo, 5.128 mulheres em todo o Estado com cursos, oficinas, dias de campo, eventos e consultorias.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, viu com satisfação e alegria esse reconhecimento tão importante em nível nacional do trabalho realizado no Espírito Santo. “É gratificante ver o reconhecimento de uma obra que pôde ser realizada por meio de ações de políticas públicas em nosso Estado. Nós sabemos do papel fundamental desempenhado pelas mulheres no agro capixaba, e vamos continuar apoiando e desenvolvendo políticas para que mais histórias como essas surjam e despertem o interesse de outras mulheres pela agricultura e pela pesca”, ressaltou Enio.

Segundo a coordenadora de projetos para mulheres da Seag, Patrícia Ferraz, a classificação como semifinalista do Prêmio Jabuti Acadêmico é um reconhecimento significativo no cenário literário brasileiro, que demonstra que o livro foi cuidadosamente avaliado e considerado como uma obra de destaque. “Nós não tínhamos essa expectativa, ficamos surpresos e muito felizes. Essa classificação é uma confirmação do esforço e da dedicação investidos no projeto. O livro traz à tona histórias e experiências muitas vezes invisibilizadas, dando voz a essas mulheres e evidenciando seu papel fundamental no sustento de suas comunidades e na economia local”, salientou Patrícia Ferraz.

Ao longo do livro, são apresentadas trajetórias de agricultoras, indígenas, quilombolas, assentadas de reforma agrária, pescadoras, marisqueiras, artesãs e profissionais da agroindústria de todo o Estado. Patrícia Ferraz ainda destacou que o livro pode aumentar a conscientização sobre os desafios que essas mulheres enfrentam, e de como políticas públicas mais inclusivas e eficazes são necessárias. “Histórias como essas podem inspirar outras mulheres a reconhecerem e valorizarem suas próprias contribuições, para assim buscarem mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional”, pontuou.

Uma dessas mulheres é Natiele Sperandio, produtora de leite que compartilha sua história no livro “Quem são elas?”. “A gente se sente muito feliz, tanto eu quanto a minha irmã, de saber que esse livro está concorrendo a um prêmio tão renomado como o Prêmio Jabuti. Já foi muito gratificante para a gente estar participando desse livro e ter contado um pouquinho da nossa história. Só de ser semifinalista a gente já sabe que todo mundo desempenhou um papel muito importante e o livro foi muito bem produzido. Então, ficam os nossos parabéns à equipe e torcida para o livro conquistar o prêmio”, frisou Natiele Sperandio.

Cristiane Gianezi da Silveira também demonstrou emoção com a obra. Analista do Executivo e designer do Incaper, Cristiane foi uma das organizadoras da publicação e celebrou a visibilidade deste trabalho que foi especial para ela. "Trabalho há mais de 10 anos com design editorial. Cada publicação tem suas particularidades, o processo é longo e envolve muitas pessoas. Este livro, em especial, me marcou bastante, pelas histórias que ele conta, pelo trabalho em equipe e pelo momento em que foi produzido. Trabalhei nele durante toda minha gestação e licença-maternidade. Fiz questão de continuar porque, apesar dos desafios, foi um trabalho prazeroso e não uma obrigação. Quando a gente se dedica, o resultado aparece", declarou Cristiane Silveira.

O livro busca a sistematização e publicização de relatos de histórias de vida e trabalho, histórias da formação de associações e grupos e experiências de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), cujas protagonistas são as mulheres. Conta com um total de 19 capítulos, todos construídos a partir da perspectiva dos autores em relação à realidade estudada. Os autores são servidores do Seag, Incaper, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e bolsistas dos projetos do Banco de Projetos Seag e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). O livro é uma realização do Governo do Estado, por meio da Seag, em parceria com o Incaper e o Ida), com o apoio do Laboratório de Inovação na Gestão (Lab.ges) e da Fapes.

Os cinco finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti Acadêmico serão anunciados na
próxima quinta-feira (18), às 12h. Já as obras vencedoras serão reveladas em 6 de agosto.

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